terça-feira, 8 de setembro de 2009

Senso de Empatia

Através desse mundo caótico e pós-moderno,o afastamento entre as pessoas aumentou de forma que fatores como o individualismo exagerado ou para outros, o exagero da razão tenham trazido o ser para longe de sua humanidade sentimentalmente falando.
O futuro distópico do indivíduo completamente apático e mecânico pode parecer assombroso, mas faz sentido. Se as coisas continuarem; poderão levar para esse caminho. Mas se buscarmos nos reformar e rever conceitos, podemos desviá-lo.
Logicamente não digo revolucionarmos todas as relações entre as pessoas de uma hora pra outra; porque nem sempre espera-se muito isso; talvez justamente pela mecanidade atual há uma recusa da participação no conjunto.
Mas não necessariamente será aquela recusa de não querer qualquer tipo de relação; mas talvez a atual esteja tão podre que cause até repulsa, quem sabe.
Pode soar meio abstrato querer procurar uma nova forma de relação no geral, mas a partir dessa condição, da consciência de que precisa de mudança, através dessa premissa, pode ser o começo para uma nova discussão.
Será que essa idéia uniria os conceitos de um novo sujeito com nova moralidade, de Nietzsche, o Übermensch, com a própria idéia da construção de uma sociedade completamente nova, como dizia Marx?

Imagine-se andando na rua e por um instante olhares se cruzam. Longe de querer envolver o conceito romântico de amor, mas o sentimento de empatia, de se reconhecer no outro. Se nós temos uma mesma essência metafísica e sofremos dores existenciais como diria Schopenhauer, ou se nos reconhecessemos como classe social igual, são maneiras de se ver a empatia, o que é bastante importante, tanto na filosofia, na arte e no ativismo em si; para quem sabe não chegarmos no então Admirável Mundo Novo.

Acredito que a empatia devia ser um sentimento recorrente nas relações humanas (não confundir com simpatia).
Talvez digam que os mais sentimentais ou talentosos possam desfrutar melhor destas coisas, mas o que seriam de nossos progressos se não enxergamos referências altas? Se não procuramos nos levar por picos cada vez mais altos.
Através da empatia podemos procurar um mundo melhor e ao mesmo tempo, termos nossas características preservadas, nosso espaço individual resguardado.
Não que exista uma fórmula, mas a partir daí, da capacidadade de reconhecer esses assuntos podemos desviar do caminho robótico/mecânico, para esse algo mais "humano".

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