quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Aquilo que não se diz

O rapaz vivia sua vida cotidiana fazendo suas ações de forma medíocre, enquanto dentro de sua mente se deixava viajar e transformar realidades. Ali era um espaço que ninguém perturbava e ele era livre.

Para ele tudo era muito internalizado e somente ali parecia que as coisas em geral ganhavam força e eram mais belas do que nunca. Como já dizia um pensador alemão, ficar sozinho com os próprios pensamentos era algo para poucos afortunados desta vida. Muitos passam uma vida fugindo dessa experiência enquanto ele parecia querer isso mais do que tudo.

Desta forma, a interação social era algo mais difícil de se experimentar, para ele. Todo gesto, toda palavra, todo detalhe ao qual ele não se atentava falando para si próprio, tornava-se tão ou mais importante ao interagir com um outro alguém.