terça-feira, 18 de outubro de 2011

"O fio que segura"

Ele se perguntava se era capaz de sentir algo quando via uma pessoa próxima dele sofrendo, chorando, passando por coisas que atormentam a alma, coisas que para ele pareciam indiferentes ou completamente afastadas de sua realidade.

Essa questão dificultava sua interação social que para ele as vezes era baseada na "imitação de gestos alheios". Não sabendo o que fazer em determinado momento que exigia alguma troca subjetiva, ele simplesmente procurava lembrar que situação ele já havia visto e que ações poderia aproveitar para a sua própria situação.

Acabava que isso se mostrava como uma evidência, para os que observavam, de que parecia ser antipático, quando na verdade ele se esforçava para encontrar o significado verdadeiro da palavra "simpatia" sendo o que mais queria era poder sentir o sentimento do outro, mas isso era demasiado abstrato quando se deparava.