O rapaz vivia sua vida
cotidiana fazendo suas ações de forma medíocre, enquanto dentro de
sua mente se deixava viajar e transformar realidades. Ali era um
espaço que ninguém perturbava e ele era livre.
Para ele tudo era muito
internalizado e somente ali parecia que as coisas em geral ganhavam
força e eram mais belas do que nunca. Como já dizia um pensador
alemão, ficar sozinho com os próprios pensamentos era algo para
poucos afortunados desta vida. Muitos passam uma vida fugindo dessa
experiência enquanto ele parecia querer isso mais do que tudo.
Desta forma, a
interação social era algo mais difícil de se experimentar, para
ele. Todo gesto, toda palavra, todo detalhe ao qual ele não se
atentava falando para si próprio, tornava-se tão ou mais importante
ao interagir com um outro alguém.